terça-feira, 13 de maio de 2008

Os Maias









A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua original. Este artigo discorre principalmente sobre a civilização maia antes da conquista espanhola.

As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo desacordo sobre os limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas. Os olmecas e os maias antigos parecem ter-se influenciado mutuamente.

Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a sua influência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.

Os maias construíram as famosas cidades de TikalPalenqueCopán e Calakmul, e também Dos PilasUaxactúnAltún Ha, e muitos outros centros habitacionais na área. Jamais chegaram a desenvolver um império embora algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias, associações e mesmo rápidos períodos de suserania. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou "três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficosOs monumentos mais antigos consistem em simples montículos onde construíram tumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde.

Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora praticassem ativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente para além desta. Entre os principais produtos do comércio estavam o jade, o cacau, o sal e aobsidiana.

Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das tecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metalpolias ou veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de pedreiras locais; com maior freqüência, eram usadas pedras calcárias, que, ainda que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada e polida com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.

Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda assim o uso da argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre portas e janelas (dintel).

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeiraadobe nas paredes e cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total mas parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco, foram encontrados ladrilhos de barro cozido, possivelmente solução encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais de boa pedra.

O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhança com a escrita doantigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo.

As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os livros maias logo após a conquista.

Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Egito Antigo






Artigo Retirado do Wikpédia e editado por: Luiz Fernando (Editor-Chefe)





Egito Antigo :




""Civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, tendo como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. ""




A história do Antigo Egito inicia-se em cerca de 3150 a.C. altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto, e termina em 30 a.C. quando o Egipto, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio. Durante a sua longa história o Egipto conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade econômica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egipto dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates. A civilização egípcia foi uma das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade.







Analisando sua geografia:




Território no qual se desenvolveu a civilização do Antigo Egipto corresponde, em termos tradicionais, à região situada entre a primeira catarata do rio Nilo, em Assuão, e o Delta do Nilo. O Sinai, situado a leste do Delta do Nilo, funcionou como via de acesso ao corredor sírio-palestiniano, designação atribuída à faixa de terra que ligava o Egipto à Mesopotâmia. A oeste do Delta, surge o deserto da Líbia (ou deserto ocidental), onde se encontram vários oásis dos quais se destacam o de Siuá, Kharga, Farafra, Dakhla e Bahareia. O deserto da Árabia (ou deserto oriental), estende-se até ao Mar Vermelho. A sul da primeira catarata situava-se a Núbia, cuja cultura e habitantes já era eram vistos como estrangeiros. Em diversos momentos, o Egipto ultrapassou a primeira catarata e tomou posse de territórios Núbios, onde obtinha diversas matérias-primas.O território do Antigo Egipto não deve ser por isso confundido com o território da moderna República Árabe do Egipto, dado que esta se estende para sul da primeira catarata do Nilo até ao paralelo 22ºN e inclui partes dos deserto da Líbia e do deserto da Arábia, bem como a península do Sinai.Esta civilização desenvolveu-se graças à existência do rio Nilo, sem o qual o Egipto não seria diferente dos desertos que o cercam. Neste sentido, é bem conhecida a frase do historiador grego Heródoto (que visitou o Egipto em meados do século V a.C.), segundo a qual o Egipto era um dom do Nilo, retomando o historiador uma afirmação anterior de Hecateu de Mileto.Os dois afluentes principais do rio Nilo são o Nilo Branco (que nasce no Lago Vitória) e o Nilo Azul (oriundo dos planaltos daEtiópia). O Nilo corre de sul para norte, desaguando no Mar Mediterrâneo, com uma extensão aproximada de 6695 quilómetros. Todos os anos as inundações do rio, que se iniciavam no Egipto na segunda metade de Julho e terminavam em meados de Outubro, depositavam nas margens uma terra negra que fertilizava o solo e que permitiu a prática da agricultura (actualmente o fenómeno das inundações do Nilo já não existe no Egipto graças à construção da barragem de Assuão). Os Egípcios dependiam portanto deste rio e das inundações para a sua sobrevivência. Para além disso, o Nilo era a principal via de transporte, quer de pessoas, quer de materiais. Apesar da dependência do Nilo, o Antigo Egipto não deve ser considerado apenas um dom de condições geográficas especiais, como afirmou Heródoto, que talvez quisesse, com esta afirmação, explicar por que o Egipto já era uma grande civilização enquanto os gregos ainda viviam em aldeias isoladas. O ponto fundamental é que o Antigo Egipto também só existiu graças ao seu sistema de governo centralizado, que organizava a enorme mão-de-obra constituída pela massa de camponeses, e ao engenho de seus construtores, que, desde épocas remotas, edificaram barragens e canais de irrigação para tirar o máximo proveito das águas do Nilo.




No Antigo Egipto distinguiam-se duas grandes regiões:O Alto Egipto e o Baixo Egipto.




O Alto Egipto (Ta-chemau) era a estreita faixa de terra com cerca de 900 quilómetros de extensão que tradicionalmente começava em Assuão e terminava na antiga cidade Mênfis (perto da moderna Cairo). O Baixo Egipto (Ta-mehu) correspondia à região do Delta, a norte de Mênfis, onde o Nilo se dividia em vários braços. Território plano favorável à caça e à pesca, foi aqui onde mais se fizeram sentir os contactos com o estrangeiro, sobretudo nos últimos séculos da história do Antigo Egipto. Também, por vezes, se distingue na geografia egípcia uma região conhecida como o Médio Egipto, que é o território a norte de Qena até à região do Faium.




Os nomes do Egito:




Os antigos Egípcios usaram vários nomes para se referirem à sua terra. O mais comum era Kemet, "a Terra Negra", que se aplicava especificamente ao território nas margens do Nilo e que aludia à terra negra trazida pelo rio todos os anos.Decheret, "a Terra Vermelha", referia-se aos desertos com as suas areias escaldantes, onde os Egípcios só penetravam para enterrar os seus mortos ou para explorarem as pedras preciosas. Também poderiam chamá-la Taui ( "as Duas Terras", ou seja, o Alto e o Baixo Egipto), Ta-meri ("Terra Amada") ou Ta-netjeru ("A Terra dos Deuses"). Na Bíblia o Egipto é denominado Misraim. A actual palavra Egipto deriva do grego Aigyptos (pronunciado Aiguptos), que se acredita derivar por sua vez do egípcio Hetkaptah, "a mansão da alma de Ptah". Os habitantes actuais do Egipto dão o nome Misr ao seu país.




Os egípicios:




Os Antigos Egípcios foram o resultado de uma mistura das várias populações que se fixaram no Egipto ao longo dos tempos, oriundas do nordeste africano, da África Negra e da área semítica.A questão relativa à "raça" dos antigos Egípcios é por vezes geradora de controvérsia, embora à luz dos últimos conhecimentos da ciência falar de raças humanas revela-se um anacronismo. Até meados do século XX, por influência de uma visão eurocêntrica, considerava-se os antigos Egípcios praticamente como brancos; a partir dos anos 50 do século XXas teorias do "afro-centrismo", segundo as quais os Egípcios eram negros, afirmaram-se em alguns círculos. Importa também referir que as representações artísticas são frequentemente idealizações que não permitem retirar conclusões neste domínio.Os Egípcios tinham consciência da sua alteridade: nas representações artísticas dos túmulos os habitantes do vale do Nilo surgem com roupas de linho branco, enquanto que os seus vizinhos líbios e semitas com roupas de lã. A língua dos Egípcios (hoje uma língua morta) é um ramo da família das línguas afro-asiáticas (camito-semíticas). Esta língua é conhecida graças à descoberta e decifração da Pedra de Roseta, onde se encontra inscrito um decreto de Ptolomeu V Epifânio (205-180 a.C.) em duas línguas (egípcio e grego) e em três escritas (caracteres hieroglíficos, escrita demótica ealfabeto grego). Em 1822 o francês Jean-François Champollion decifrou a escrita hieroglífica e a demótica que se encontravam na pedra, permitindo assim o acesso aos textos do Antigo Egipto e o começo da Egiptologia.O número de habitantes do Antigo Egito oscilou segundo as épocas. Durante o período pré-dinástico (4500-3000 a.C.) a população rondaria os centenas de milhares; durante o Império Antigo (século XVII a XII a.C.) situar-se-ia nos dois milhões, atingindo os quatro milhões por altura do Império Novo. Quando o Egito se tornou uma província romana a população deveria ser cerca de sete milhões. Esta população habitava nas terras agrícolas situadas nas margens do Nilo, sendo escassas as populações que viviam no deserto. Ao contrário das civilizações da Mesopotâmia, o Antigo Egito não desenvolveu uma importante rede urbana.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Manifesto: Importância do estudo da história.

O estudo da história, sem dúvidas, possui um enorme grau de importância. Pois a história dita o que aconteceu, o que deve e não deve se repetir; Além de nos mostrar de onde surgiram todos os pensamentos e tudo o que foi criado e modificado pelo homem. Logo, a absorção de conhecimentos históricos é fundamental a educação de uma pessoa.

Com os seus dizeres, a história nos dá plena consciência sociocultural. Isso ocorre devido ao oferecimento de uma linha do tempo bem formada, por onde estudamos a arrogância e a autoridade absoluta de ditadores, por exemplo. O produto deste estudo, nos da uma capacidade de notar o que realmente acontece e comparar o tempo atual.

Por sua vez, o estudo do homem no tempo nos demonstra a importância de sabermos sobre nossos antecedentes. Pois é crucial que todos tenham a noção do surgimento dos objetos, dos ideais filosóficos, que mudaram a mente da população diversas vezes. Assim, percebos que esse estudo pode ser voltado à aprimoração dos mesmos , ocorrendo um desenvolvimento totalmente necessário.

O conhecimento histórico então, exerce grande responsabilidade educacional. Pois o mesmo nos leva a sabedoria e nos faz perceber que a modificação só ocorre com uma devida pesquisa do passado. Logo, o futuro dependerá sempre do que passou, demonstrando a verdadeira importância deste estudo.   

Para reforçar e desmostrar que existe essa importância, entrevistamos o professor de história Edson, apelidado de Wally, que ensina no Colégio Atual Piedade para as turmas do Terceiro grau do ensino médio. Antes de começar a entrevista, explicamos os detalhes do nosso trabalho, e como seriam feitas as perguntas.


Canal [H]istórico: A quanto tempo você vem ensinando história?

Professor: Faz 20 anos.

Canal [H]istórico: E quando você despertou essa vontade, e por quê tomar esse rumo?

Professor: Eu achei importante esse processo do ser humano de compreender a grandezas das sociedades e ,com o tempo, vendo civilizações e tudo mais, fui me empolgando a medida que ia conhecendo mais profundamente a própria história.

Canal [H]istórico: Você concorda que o estudo da história é essencial?

Professor: Com certeza, e não só essencial como interdisciplinar, ou seja, todas as disciplinas precisam de um pré-requisito e a história é com certeza um deles. Se você for estudar as leis de Newton, por exemplo, você tem que ver a época em que ele vivia e como tudo influenciava.

Canal [H]istórico: Então, sobre todos os marcos históricos, quais ou qual você acha mais importante?

Professor: Em um geral, os pressupostos Iluministas, de Voltaire, de Rousseau causaram um verdadeiro impacto.

Canal [H]istórico: E sobre as grandes civilizações, qual que realmente se destaca entre as demais e por quê?

Professor: Os egípcios, inegável, principalmente na área científica e na arquitetura

Canal [H]istórico: E o que esses feitos criaram para nós hoje em dia?

Professor: Na sociedade de hoje, na área da neurocirurgia, na cirurgia geral, os médicos também tem seus pré-requisitos, como o bisturi, por exemplo, veio dos egípcios, os primeiros estudos da circulação sanguínea, sem contar toda aquela idéia do mundo dos mortos que hoje é um assunto bem discutido e visto por vários ângulos diferentes. Sem contar o estudo dos olhos e tudo mais.

Canal [H]istórico: E o que o fim deste império marcou?

Professor: Bem, ele marcou uma mudança total na mentalidade, pois percebemos que inúmeras civilizações anteriores, não chegaram ao que eles fizeram e nem chegaram perto de manipular as técnicas que eles conseguiram.

Agradeçemos ao professor pela sincera ajuda.                   

"Canal [H]istórico"